terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Mitologia Brasileira - Muiraquitã

Fonte: http://noamazonaseassim.com/a-lenda-do-muiraquita/

A lenda do Muiraquitã


Sem dúvida uma das lendas amazônicas mais intrigantes, principalmente por ter o seu fundo de verdade. Estarei portanto apontando para os dois caminhos através de 2 textos paralelos, o folclórico e o histórico, assim como a lenda do Mapinguari.
A lenda do muiraquitã é também derivada da lenda das amazonas , ou melhor, as Amazonas são as principais protagonistas dessa lenda.
A lenda afirma que o muiraquitã era oferecido como presente pelas guerreiras icamiabas aos homens que visitavam anualmente a sua taba, na região do rio Nhamundá.
Uma vez por ano, durante a festa dedicada à lua, as icamiabas recebiam os guerreiros guacaris, com os quais se acasalavam como se fossem seus maridos. À meia-noite, elas mergulhavam nos rios e traziam às mãos um barro verde, ao qual davam formas variadas: de sapo, tartaruga e outros animais, e presenteavam seus amados.
Algumas versões falam que o ritual se dá em um lago encantado chamado jaci uaruá (“espelho da lua”; do tupi antigo îasy arugûá).
Retirado ainda mole do fundo do rio e moldado pelas mulheres, o barro endurecia ao contato com o ambiente. Os objetos eram, então, enfiados em tranças de cabelos das noivas, e usados como amuleto pelos guerreiros. Até hoje, o muiraquitã é considerado objeto sagrado, e acredita-se que traz felicidade, sorte e também cura a quase todas as doenças a quem o possui.

A Lenda do Muiraquitã


O Muiraquitã, pedra verde esculpida em forma de sapo era usado pelas mulheres tapajós como amuleto
Segundo a lenda mais comum, os verdadeiros Muiraquitãs são filhos da Lua retirados do fundo de um imaginário lago denominado Espelho da Lua, Iaci-uaruá, na proximidade das nascentes do rio Nhamundá, perto do qual habitavam as índias Icamiabas, nação das legendárias mulheres guerreiras que os europeus chamaram de Amazonas (mulheres sem marido).
O lago era consagrado à Lua, pelas Icamiabas, onde anualmente realizavam a Festa de Iaci, divindade mãe do Muiraquitã, que lhe oferecia o precioso amuleto retirado do leito lacustre. A festa durava vários dias, durante os quais as mulheres recebiam índios da aldeia dos Guacaris, tribo mais próxima das Icamiabas, com os quais mantinham relações sexuais e procriavam. A lenda também diz que, se dessa união nascessem filhos masculinos, estes seriam sacrificados, deixando sobreviver somente os de sexo feminino. Depois do acasalamento, pouco antes da meia-noite, com as águas serenas e a Lua refletida no lago, as índias nele mergulhavam até o fundo para receber de Iaci os preciosos talismãs, com a configuração que desejavam, recebendo-os ainda moles, petrificando-se em contato com o ar, logo após saírem d’água. Então os presenteavam aos Guacaris com os quais se acasalavam, o que os faria serem bem recebidos onde os exibissem, além de dotar outros poderes mágicos ao amuleto.
O Muiraquitã é considerada um verdadeiro amuleto da sorte, é geralmente de cor verde, pois era confeccionado em jade.
Os indígenas contam a seguinte lenda: que estes batráquios, que eram confeccionados pelas índias que habitavam às margens do rio Amazonas. As belas índias nas noites de luar em que clareava a terra se dirigiam a um lago mais próximo e mergulhavam em suas águas retirando do fundo do lago bonitas pedras que modelavam rapidamente e ofereciam aos seus amados, como um verdadeiro talismã que pendurado ao pescoço levavam para caça, acreditando que traria boa sorte e felicidade ao guerreiro.

O Muiraquitã é considerado um amuleto de sorte para quem o possui.
Conta a lenda que até nos dias de hoje muitas pessoas acreditam que o Muiraquitã trás felicidade e é considerado um amuleto de sorte para quem o possui. O Muiraquitã apresenta também outras formas de animais, como jacaré, tartaruga, onça, mas é na forma de sapo a mais procurada e representada por ser a lenda mais original.
A fama e o exotismo do amuleto o tornaram cobiçados desde os primórdios da colonização da Amazônia, nos séculos XVII e XVIII, quando foram encontrados pela primeira vez nas proximidades dos rios Nhamundá e Tapajós.
Poucos são os exemplares que podem ser apreciados atualmente, principalmente em sua região originária. Eles estão espalhados pelos principais museus do mundo e em coleções particulares.

Fundo histórico


A lenda do Muiraquitã
O muiraquitã era usado pelas mulheres tapajós como amuleto para prevenir doenças e evitar a infertilidade. A crença se espalhou pelo Baixo Amazonas e chegou ao Caribe, onde foram achados muiraquitãs amazônicos. “Devem ter sido um objeto de troca entre as elites”, diz o arqueólogo Marcondes Lima da Costa, da Universidade Federal do Pará. A moda pegou até na Europa no século XVIII, muiraquitãs eram levados para o Velho Continente. Acreditava-se que evitavam epilepsia e cálculos renais. Hoje são peças raras, que alcançam altos preços nos leilões.

Controvérsia

Barbosa Rodrigues (Muirakitã, Estudo da Origem Asiática da Civilização Amazônica – 1889) defende que o amuleto é a mais evidente prova da origem asiática das antigas civilizações amazônicas, pois acreditava que até então, na Região, como no restante do continente americano, não havia ocorrência de jazidas de jade, ou que ele aqui tenha sido trabalhado, o que faz acreditar que os artefatos do mineral pertencem à mesma civilização e origem. Esta teoria apaixonou pesquisadores brasileiros, havendo muita discussão sobre o assunto. Relatos de Gabriel Soares de Sousa (1558) e Frei Ivo d’Evreux (1613) contradizem a afirmação de Barbosa Rodrigues e revelam a existência de “pedras verdes” nos sertões brasileiros, tese confirmada mais tarde por Simoens da Silva, em sua obra Nephrite in Brazil, apresentando ocorrências do mineral em Amargosa (BA) e peças encontradas em Campinas (SP), Piuí (MG), Pinheiros (RJ), Óbidos (PA) e Olinda (PE). Outros pesquisadores também jogam por terra a origem asiática da civilização amazônica, inclusive a arqueóloga Ana Roosevelt, que afirma, em recente descoberta, ser Monte Alegre (PA) o berço do homem americano.

A Lenda do Muiraquitã
As traduções do nome variam (mira-ki-tá, botão ou nó de gente, muira-kitá, nó de pau), assim como a própria lenda do Muiraquitã pode ser contada de outras maneiras. Esta que acabamos de ler é uma das versões. Neste contexto, outras controvérsias pairam sobre a origem do artefato pré-colombiano, quer em formato de peixe, sapo e tartaruga, geralmente arredondado, que até hoje fascina o imaginário popular. Sua história romântica se propaga através dos tempos, fascinando ouvintes, leitores e até mesmo os que não acreditam em lendas, que podem sentir o poder mágico do talismã em estudos arqueológicos mais ortodoxos e nas peças expostas em museus.

Colar Muiraquitã

É encontrada no obra Macunaíma, de Mário de Andrade e na obra O Amuleto Perdido de Francisco José Teixeira.

O Amuleto Perdido da Amazônia por JF Teixeira

Muiraquitã originais em museu


A lenda do Muiraquitã

Coleções da Pré-História Brasileira. Museu da Cultura Santarém
MUIRAQUITÃ, ESCULTURA EM FORMA DE RÃ
 tatuagem muiraquitã

quarta-feira, 20 de março de 2013

Ecos & Vozes

"Esteja consciente que mesmo quando você comete um erro, isso também pode ser uma oportunidade".
"A mesma rocha que bloqueia o caminho poderá funcionar como um degrau".
Osho, Mestre Zen-Budista, IND, 1931-1990




Rajneesh Chandra Mohan Jain (Índia, 11 de Dezembro de 1931 - 19 de Janeiro de 1990) foi o fundador de um movimento filosófico-religioso, primeiro na sua terra natal e mais tarde nos Estados Unidos da América. Durante a década de 1970 foi conhecido pelo nome de Bhagwan Shree Rajneesh e mais tarde como Osho.

Embora Rajneesh nunca tenha escrito nenhum livro, muitos foram publicados por transcrições de seus discursos e palestras, livros que até hoje fazem muito sucesso em muitos países, inclusive o Brasil, país que possui um pequeno mas muito ativo grupo de discípulos e simpatizantes, espalhados em muitos dos grandes centros e em algumas comunidades mais afastadas




 

Fonte: http://www.bilibio.com.br/biografia-de/323088/Osho.html

Ecos & Vozes



 



"O mar é tudo. Ele cobre sete décimos do globo terrestre. Seu sopro é puro e saudável. É um deserto imenso, onde o homem jamais está sozinho, pois sente a vida se movimentando por todos os lados". 
Julio Verne, escritor, FRA, 1828-1905



sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Ecos & Vozes









"A amizade é uma alma que resolveu habitar dois corpos, o que gera uma necessidade recíproca que torna dois seres igualmente ciosos da felicidade um do outro". Platão





 
 
 

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Ecos & Vozes

"Nunca acabamos de nascer e essa permanente certeza é a sintonia com a evolução".
Frei Leonardo Boff, escritor, teólogo, SC, 1938






segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Que venha 2013!

"Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de Ano, foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar de entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez com outro número e...
outra vontade de acreditar,
que dali para adiante vai ser diferente...
Para você,
Desejo o sonho realizado.
O amor esperado.
A esperança renovada.
Pra você,
Desejo todas as cores desta vida.
Todas as alegrias que puder sorrir.
Todas as músicas que puder emocionar.
Pra você neste novo ano,
Desejo que os amigos sejam mais cúmplices, Que sua família esteja mais unida, Que sua vida seja mais bem vivida.
Gostaria de lhe desejar tantas coisas.
Mas nada seria suficiente...
Então, desejo apenas que você tenha muitos desejos.
Desejos GRANDES e que eles possam te mover a cada minuto, Ao rumo da sua felicidade!!!"
(Carlos Drumond de Andrade)